espera

17.09.11

Da noite que acaba, começa o luar

Reflecte na cinza de um fogo apagado

E longe de tudo, somos como o ar

Amantes sem nome, num vácuo fechado

 

Apenas subsiste, um verso, não sei

Se o que já fomos foi-se com as horas

Mas já não me importa...o que tinha dei

Se vens ou se vais, se ainda demoras

 

E noutras colinas, noutros vendavais

Eu vou-me perder, até que por fim

Quando não quiseres fugir nunca mais

Venhas na areia correndo para mim

publicado por Luis Linhares às 00:24

Recaída parte 0

23.07.10

 

Inebriado volto o olhar

Para o lado de um sol poente

E na tarde, nua e quente

De costas dadas ao mar

Penso estar,serenamente

 

Lugar das coisas secretas

Onde as águas adormecem

E nas horas que acontecem

Das pulsações insurrectas

Palavras breves fenecem.

 

Alma cheia de salina

Mãos ardentes das areias

A pulsar por entre as veias

E uma boca porpurina

Embalando estas ideias.

publicado por Luis Linhares às 12:02

Poema do Adeus

06.06.10

E agora que a hora se aproxima

De te dizer adeus, e tudo se fenece

Nas últimas palavras, derradeiras

Como a luz que ainda aparece

Nos teus olhos

 

Adeus, vou ali ao outro lado de cima

Derrotar o Adamastor, subir por fim a colina

bebedeiras casuais do amor, da nostalgia

Adeus, amigos, adeus Poesia

Até um dia!

publicado por Luis Linhares às 12:16

Bêbado mas ao menos Infeliz naquelas horas em que nem é dia nem é noite

29.03.10

Inteiro como um mar, sereno como um pássaro

Repousa em mim essa dádiva de Deus

E de ti, o luar a escoar dos céus

Repousa no corpo mortificado, como um abraço

 

Terei de ti, a certeza da presença

Ou da ausência, a incerteza da vinda

Tu chamas-lhe uma qualquer doença

Mas eu chamo-lhe Amor, ainda.

 

E de resto, voltam-se aos velhos medos

E a vida gira num qualquer plano vital

Mas em ti tenho ânsias de animal

Poemas, paixões e quem sabe? Segredos!

 

Que possuir-te é apenas a derradeira casa

Onde me acolho, depois da vigilância

E tu recebes o meu corpo em ânsia

E voas com a minha própria asa.

 

Patético é o poema do amoroso

E eu sou o mais louco dos patetas

Mas eu vou-me rir todo desse gozo

No riso que é pertença dos poetas.

publicado por Luis Linhares às 14:20

Palavras da Utopia

29.03.10

Invejam-me os ferozes concorrentes

Porque eu não sou da mesma carne fraca

Porque eu não partilhei dessa ressaca

Que faz desses coitados uns doentes

 

Invejam-me! E procuram derrubar-me

E querem alagar o meu caminho

E querem fazer de mim uma Infame

E pôr-me a delirar como um velhinho

 

Mas eu faço das forças…Utopia!

Das Palavras…e desse que dizia

Avança Infanta…Mata o Adamastor

 

Porque essa que partilha desta luta

Ela é a invencível…a astuta

Que canta a Poesia e o Amor.

publicado por Luis Linhares às 14:18

XIII

29.03.10

Blá blá blá senhores doutores?

Já chega de blá blá blá

E não tentem convencer

Este velho de corrida

Que a vossa filosofia

Cheia de pretensão e vaga ironia

É a melhor da vida

É aposta certa e ganha

Para quem quiser concorrer

Porque aqueles como eu

Que despertam o olhar

Para o teatro do mundo

Esses

Vêem mais fundo

Porque o poeta

Não distingue Doutor de Engenheiro

Não reconhece Padre ou Paneleiro

O poeta

Só vive para ter a certeza

Que a incerteza é companhia

Por isso senhores

Não venham ao fim do dia

Armados em intelectuais

Vocês

E outros que tais

Não sabem o que é

A Poesia.

Isso sim é algo que vale a pena aparecer nos Jornais!

publicado por Luis Linhares às 14:18

XII ou XXIV/2

29.03.10

Mata-me a sede de te possuir

E não há agua que me valha

Nem bruxedos que tragam a mim

A presença desejada

A tua presença

Pura

Etérea

Desvelada

Apartou-se como uma tarde quente de verão

Como um sopro de Zéfiros

A memória desse ventre

Desses lábios

Dessa boca

Desse tudo

Que se agarra ao pensamento como uma espada

Que me mutila

Sucessiva e eficazmente

Leva-me de Infinito

A quase nada.

publicado por Luis Linhares às 14:16

XI

29.03.10

Diz-me Antero, onde caminha o Soneto

 

Que me traga o Paraíso

 

E o corpo ardente de volúpia?

publicado por Luis Linhares às 14:14

X

29.03.10

De ti nada mais que água

Videira brava e incerta

Frémito de uma fera esperta

Amor, Amor=Mágoa

publicado por Luis Linhares às 14:14

IX

29.03.10

Em ti renovo a promessa

publicado por Luis Linhares às 14:13

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