Há pouca esperança nos meus passos

É tudo treva, o lume já não arde

Há muros que se erguem nos espaços

Nas ruas percorridas da cidade

 

Eu vou andando, pergunto a quem responde

"É por aqui?", o mapa do teu cheiro

Sei que os teus passos te levaram longe

Perdi-os no meio do nevoeiro

 

E hoje sou boémio decadente

Vestido com a noite sempre escura

As ruas são desertas, para sempre

Vagueio nesse mar de amargura

publicado por Luis Linhares às 20:32